sábado, 16 de junho de 2012

A LEI E O EVANGELHO DE JESUS CRISTO

A Lei envolve tudo quanto, na escritura, é revelação da vontade de Deus na forma de mandado ou proibição, enquanto que o Evangelho compreende tudo, seja no Velho Testamento seja no Novo, que se relaciona com a obra de reconciliação e que proclama o anelante amor redentor de Deus em Cristo Jesus. E cada parte destas tem sua função própria na economia da graça. A Lei procura despertar no coração do homem contrição pelo pecado, ao passo que o Evangelho visa ao despertamento da fé salvadora em Jesus Cristo. Num sentido, a obra da Lei é preparatória para a do Evangelho. Ela intensifica a consciência de pecado e, assim, faz ciente ao pecador da necessidade de redenção. Ambos são subservientes ao mesmo fim, e ambos são peças indispensáveis do meio da graça. Esta verdade nem sempre tem sido reconhecida suficientemente.
O apóstolo Paulo expõe que a Lei serviu de preceptor para conduzir os homens a Cristo, Gl 3.24. A Epístola aos Hebreus descreve a Lei, não como estando em relação antitética com o Evangelho, mas, antes, como sendo o Evangelho em seu estado preliminar e imperfeito
. Há Evangelho na promessa à mãe da humanidade, na lei cerimonial e em muitos dos profetas, Is 53 e 54; 55.1-3, 6, 7; Jr 31.33, 34; Ez 36.25-28. De fato há Evangelho percorrendo todo o Velho Testamento, culminando nas profecias messiânicas. É igualmente contrário à Escritura dizer que não há lei no novo Testamento, ou que a Lei não tem aplicação na dispensação do novo Testamento. Jesus ensinou a validade permanente da lei, Mt 5.17-19. Paulo afirma que Deus providenciou para que as exigências sejam cumpridas em nossas vidas, Rm 8.4, e declara os seus leitores responsáveis pela guarda da lei, Rm 13.9. Tiago assegura aos seus leitores que aquele que transgride um só mandamento da lei (e menciona alguns destes), é transgressor da Lei, Tg 2.8-11. E João define o pecado como “transgressão da lei” e declara que este “é o amor de Deus,, que guardemos os seus mandamentos”, 1 Jo 3.4; 5.3.
Quando Deus oferece o Evangelho ao homem, a Lei exige que este o aceite. Alguns falam disso como a Lei no Evangelho, mas isto dificilmente está correto. O Evangelho mesmo consiste de promessas, e não é nenhuma lei; todavia, há uma exigência da Lei em conexão com o Evangelho. A Lei não somente exige que aceitemos o Evangelho e creiamos em Jesus Cristo, mas também que levemos uma vida de gratidão, em harmonia com as suas exigências.
A Finalidade da lei – A lei em si é boa, IITm 1.8ª como escreve Paulo aos Romanos, “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” Mas, precisa ser aplicada de modo legítimo, em harmonia com o evangelho maravilhoso confiado a Paulo. Tem como propósito de condenar o pecador e trazê-lo ao salvador Jesus Cristo, sendo assim ser justificado pela fé.  A lei existe exatamente para revelar ao pecador seu pecado e sua pena longe de Cristo. Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, Conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado.
            A Finalidade do Evangelho – É o Evangelho da glória do Deus bendito. É a boa nova que anuncia a excelência de Deus na manifestação de seu gracioso amor pelos pecadores pela salvação, como lemos em Jo 3.16. O que a lei jamais poderia fazer, o Evangelho da graça de nosso Senhor Jesus Cristo o faz. Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.
                                                                                   Deus vos abençôe!